terça-feira, 14 de agosto de 2012

Resenha: Branca como o leite, Vermelha como o sangue - Alessandro D'avenia



Estou apaixonado, e, quando você está assim, o mínimo que pode lhe acontecer é não dormir. Até a noite mais negra fica vermelha. Em sua cabeça se amontoa uma tal quantidade de coisas que você tem vontade de pensar em tudo ao mesmo tempo e o coração não consegue se acalmar. p. 44

Nem sei como começar falando sobre este livro. Primeiro, foi um dos que eu mais sofri em terminar, queria começar tudo de novo, foi novo, nunca li nada assim antes. Então vamos tentar explicar...

O livro já encanta com sua capa e seu título bem diferente. É contado em primeiro pessoa a história de Léo, um garoto de 16 anos, que como todos os outros adora zoar e jogar bola. Não consegue compreender os adultos, não gosta da escola muito menos dos professores. Porém sua vida vai sofrendo mudanças e a primeira é com o professor substituto, que ele apelida de Sonhador.

Sonhador, o professor de filosofia começa a intrigar Léo, com seu jeito calmo explica partes de livros que te faz refletir realmente, te ensina com amor, te deixa curioso por mais e é assim que as coisas vão mudando.

Léo tem Seu amigo Niko, tem Silvia, e tem Beatriz, mas esta só em sua mente. Ele é apaixonado por ela desde que foi a sua festa, a um ano atrás. Beatriz é um ano mais velha, branca, com olhos verdes e cabelos ruivos. Beatriz é vermelho. Pois é assim que ele descreve, Beatriz é vermelho, é paixão. Silvia é azul, como uma fada azul em sua vida.

Quando a gente se entedia, é porque a própria vida é tediosa. p. 65

Léo ainda vai aprender muito, vai sofrer, amar, se decepcionar... Beatriz some da escola por um tempo, então Léo descobre que ela está com leucemia. Dai em diante ele tenta se aproximar cada vez mais dela e tudo isso através de Silvia. Só o que ele não percebe é que Silvia gosta dele, mas quer ajuda-lo com Beatriz.

O modo de como toda a trama é narrado me fez suspirar. O livro, a estória é uma poesia, triste, engraçada e real. O jeito de Léo ver o mundo é muito diferente, definir sentimentos e pessoas com cores é incrível. Ele passa por decepções, desencontros, solidão... Ele não consegue entender porque a menina a quem se apaixonou tem de passar por isso, por que ela, pois é pura, boa e não fez nenhum mal a ninguém, e ai vemos sua revolta. Mas com o tempo e com a ajuda de Beatriz, que lhe mostra um outro jeito de olhar o mundo e as pessoas ele acaba se encontrando, não deixa o branco predominar e encontra a sua própria cor. Recomendo à todos, leiam, leiam e me conte. 

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